Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam

MELLE CINEMA: EXERCÍCIO DE DRAMATIZAÇÃO

Segmento: Ensino Fundamental II (EJA); Ensino Médio (EJA)

Habilidade BNCC (principal):

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EM13LGG603) Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes linguagens artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recorrendo a referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas.

OBJETIVOS

  • Conhecer o livro Mademoiselle Cinema (1923), de Benjamim Costallat, e o contexto da década de 1920, no Rio de Janeiro.
  • Refletir criticamente sobre a posição social da mulher no início do século XX.
  • Exercitar as capacidades de expressão, improviso e integração.

METODOLOGIA

Apresentações, Dramatização, Exposição do tema.

DESCRIÇÃO DA AULA

Introdução (10 min)

  • A oficina se inicia com uma breve contextualização do Rio de Janeiro dos anos 1920 (ver apresentação em anexo), com destaque para a diversidade de pessoas que circulavam pela cidade, para a Exposição Internacional do Centenário da Independência, para a derrubada do Morro do Castelo e para a melindrosa – figura feminina de origem francesa, que se tornou referência para as mulheres da década.
  • Logo depois, o livro Mademoiselle Cinema (1923), de Benjamim Costallat, será apresentado de forma breve, a partir do seu êxito de vendas e da polêmica do enredo, que retrata a história de Rosalina, uma jovem que rejeita seu grande amor, por não se considerar uma mulher digna do casamento.

Desenvolvimento (30 min)

  • Na segunda parte da oficina, serão divididos trechos do livro para dramatização por grupos.
  • Os slides apresentam, inicialmente, os temas dos trechos e quantas pessoas são necessárias para cada dramatização.
  • A turma se divide em grupos, de acordo com as preferências.
  • Distribuem-se os trechos para dramatização (arquivo em anexo). Cada grupo pode optar por: manter o texto original, adaptá-lo para o presente ou improvisar a partir do tema.

[Obs.: recomenda-se preferencialmente que turmas do Ensino Fundamental trabalhem com a improvisação e as do Ensino Médio, com a adaptação do texto original.]

  • Se necessário, as duplas podem consultar o dicionário (impresso ou online) para tirar dúvidas a respeito do vocabulário utilizado nos textos.
  • Cada grupo ensaia o seu trecho (tempo estimado: 15 minutos) e apresenta as suas dramatizações para o restante da turma.

Encerramento (10 min)

  • Na Roda de Conversa, a turma será incentivada a discutir os resultados da atividade.
  • É interessante que os estudantes reflitam sobre o processo de dramatização, a partir de questões como: a abertura crítica ao universo ficcional apresentado pelo livro (com personagens e narrativas da década de 1920) e os momentos de negociação e jogo durante ensaios e dramatizações.
  • Vale debater com a turma as impressões sobre a obra (exemplo: “Você consegue identificar alguma semelhança com outras histórias, seja na literatura, no cinema, no teatro ou na televisão?”, “Acredita que esta obra seja relevante nos dias de hoje?”, “Como abordaríamos estes temas atualmente?”).
  • Caso haja interesse dos estudantes em conhecer mais sobre esta e outras obras da época, é interessante ampliar a leitura ou as experiências sobre a literatura brasileira dos anos 1920 com a turma, propondo outras atividades e oficinas de dramatização, leitura e escrita.

REFERÊNCIAS

BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.

CASTRO, Ruy. Metrópole à beira-mar: o Rio moderno dos anos 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

COSTALLAT, Benjamin. Mademoiselle Cinema. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 1999.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. 7ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.

RESENDE, Beatriz. “A volta de Mademoiselle Cinema”. In: COSTALLAT, Benjamim. Mademoiselle Cinema. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 1999, p. 9-27.

REVERBEL, Olga. Um caminho do teatro na escola. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1997.

MATERIAIS DAS AULAS

– pdf

MELLE CINEMA: EXERCÍCIO DE DRAMATIZAÇÃO

(apresentação de slides para aplicação da oficina)

– pdf

MELLE CINEMA (1923): TRECHOS PARA DRAMATIZAÇÃO